Sorrisos e lágrimas de emoção no primeiro dia do 9º TendaLab! Na noite de sexta-feira, 26 de julho, cerca de 15 mil pessoas estiveram presentes na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e cantaram hits que marcaram época com Macucos, reviveram a contracultura dos anos 1960 e 1970 com a banda Aurora Gordon, entoaram verdadeiros hinos do samba com Alcione e Mart’nália, e conheceram as músicas do disco Mais Forte Que Trovão, da cantora Roberta de Razão.
“O TendaLab desse ano foi uma surpresa. Em nenhuma das edições do festival eu estive presente nos dois dias, mas este ano foi impactante”, afirma o estilista Filipe Dell’Antônio, que marcou presença entre as dezenas de milhares de pessoas que estiveram na Ufes. “Admito que o que me levou ao festival foi a Alcione, mas na primeira noite ela não brilhou sozinha. Além da Sol (Pessoa) que foi convidada a cantar ao lado dela e fez isso de forma brilhante, o show de Mart’nália na sequência foi tão vibrante, e ela ainda entregou todo o carisma que parece ser um fator genético”, completou.
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A cantora Sol Pessoa se emociona ao lembrar do momento em que cantou ao lado de Alcione. “Foi uma honra inexplicável. Jamais pensei que um dia estaria ao lado da minha diva cantando. Agradeço à Deus e aos meus fãs, em especial à Gessica Dantas, que além de fã se tornou uma grande amiga e teve a ideia de fazer um cartaz pedindo que eu cantasse com Alcione. Até agora estou em choque”, disse a cantora de 57 anos, que é natural de Nilópolis (RJ), mas vive no Espírito Santo há quase 25 anos.
A apresentação da noite ficou por conta do ator e cantor Nill Noslin, que tem o projeto Samba do Nill, e foi o responsável por anunciar as atrações do line up do evento. “Participar como apresentador foi como alguém colocando uma coroa na minha cabeça e dizendo: ‘Vai lá comanda essa gente, o reinado é seu’. Me sinto muito especial, privilegiado e grato por esse momento, que foi uma celebração de encontros artísticos, que venho pautando na minha vida profissional. Da música, da cena, da luz, do palco, de um corpo negro se afirmando na sua existência, no lugar que ele escolher viver”.
SHOWS
O DJ Zappie abriu a programação – e animou os intervalos – com muito reggae, dub e música popular brasileira. Representando a cidade de Vila Velha (ES), a banda Macucos fez um lindo show e colocou todo mundo para cantar com as clássicas Além do Mar, Mãe Natureza e Cidade de Cor, além de mostrar ao público as composições mais recentes, como Lugar Que Se Quis, gravada com Armandinho.
Na sequência, Aurora Gordon levou ao palco uma junção de artistas que têm história na cena capixaba, como Murilo Abreu (ex-Solana), Tamy e André Prando. A banda cantou músicas da contracultura, de Mamíferos e parceiros do antigo grupo que embalou as noites de Vitória nos anos 1960 e 1970.
Com sorriso largo e a simpatia que lhe faz jus aos gestos de carinho do público, Alcione entoou seus maiores sucessos enfileirados em 50 anos de carreira. Meu Ébano, Não Deixe O Samba Morrer e A Loba são alguns dos hits que encheram de emoção cada pessoa presente. A apresentação contou com a presença do ator e diretor Lázaro Ramos e da atriz Taís Araújo, que assistiram ao show do palco.
Mart’nália cantou depois de Alcione, mas também fez uma canja no show da veterana. A filha de Martinho da Vila manteve o pique do público e se apresentou até o último instante que podia ficar no palco, de tanta euforia que ela e sua banda criaram na madrugada.
Fechando com chave de ouro à noite, as peripécias da performance de Roberta de Razão, o show da cantora promoveu o lançamento oficial do disco Mais Forte Que Trovão. Com canções como Talvez (Lúcia), Flertando Com O Bar e Amor do Capeta, o trabalho autoral da capixaba foi um dos destaque do primeiro dia da nona edição do TendaLab.
O 9º TendaLab conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale e da Petrobras através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta também com o apoio do HZ, da Rede Gazeta e do Canal Brasil e o apoio institucional da Universidade Federal do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).